Retenção de água no solo em agroecossistemas na região Semiárida Potiguar

Retenção de água no solo em agroecossistemas na região Semiárida Potiguar

• Autor
• Matheus Alves Ribeiro
• Co-autores
• Jeane Cruz Portela , Joaquim Emanuel Fernandes Gondim
• Resumo

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  A retenção de água no solo na região Semiárida tem importância em virtude das particularidades locais em relação as condições climáticas e as necessidades hídricas das culturas. Objetivou-se avaliar a curva característica de água no solo, bem como atributos químicos, associando a estrutura do solo e com base nos resultados obtidos identificar os ambientes mais sensíveis na sua distinção utilizando a técnica da estatística multivariada e sugerir informações que possam contribuir para conservação do solo e da água dos ambientes estudados. O estudo foi realizado na comunidade rural de Piracicaba, situada no município de Upanema-RN, na região semiárida do Oeste Potiguar-RN. Foram coletadas amostas de solo em áreas classificada com os seguintes agroecossistemas: Área de Mata Nativa- AMN (Latossolo); Área de Consórcio Milho e feijão-ACMF (Cambissolo) e Área de Cajueiro-AC (Latossolo), que parte do ano permanece úmida, em função do açude que está localizado ao lado e na cota mais baixa da paisagem. Os agroecossistemas foram estudados nas camadas de 0,00-0,10; 0,10-0,20 e 0,20-0,30 (m). Coletou-se amostras deformadas (físicos e químicos) e indeformadas (estruturais e da curva de retenção). Os dados foram analisados submetendo-os a técnica de estatística multivariada, por meio da matriz de correlação, análise de agrupamento e análise de componentes principais. A densidade do solo (Ds) na área de consórcio milho e feijão (Cambissolo) apresentou valores considerados elevados, podendo inferir sobre o manejo aplicado na área ao longo dos anos, bem como os baixos teores de Carbono Orgânico Total (COT) encontrados nesse ambiente. Considerou-se 40% de dissimilaridade, onde formou-se dois grupos. O grupo I discriminou as áreas ACMF (0,10-0,20 e 0,20-0,30 m), AMN (0,10-0,20 e 0,20-0,30 m) apresentando similaridade com os atributos químicos, estruturais e da curva de retenção. O grupo II pelas áreas de AC nas camadas estudadas, ACMF e AMN (0,00-0,10 m), com similaridade os atributos areia, silte e argila e Saturação Por Bases (V). O conteúdo de água disponível, apresentou similaridade entre os agroecossistemas estudados, a Área de consórcio milho e feijão apresentou maiores valores em subsuperfície, devido a fração argila. Umidade volumétrica (?) e gravimétrica (U), capacidade de campo (CC) e ponto de murcha permanente (PMP) foram maiores em subsuperfície, em função do incremento da fração argila, exceto para a Área de Cajueiro (AC) que foi maior na camada superficial. Os valores de pH tiveram pouca variação, se aproximando da neutralidade e a saturação por bases (V) apresentou em todos os agroecossistemas valores ? 50%, sendo considerados eutróficos. O Cambissolo-ACMF apresentou boas características químicas e de retenção, requerendo maiores cuidados quanto ao manejo do solo e da água, como também solos mais desenvolvidos (Latossolos-AMN e AC) que podem ser utilizados na agricultura intensiva, quando dispõe de água subterrânea, sendo muitas vezes limitada em quantidade, como também forte pressão pelo seu uso. Conclui-se que os agroecossistemas apresentaram caráter eutrófico. A retenção de água foi expressiva em subsuperfície, com predominância de microporos no agroecossistema de Cambissolo e restrições físicas quanto a porosidade de aeração. A Mata Nativa (Latossolo) apresentou caráter eutrófico e expressivo Carbono Orgânico Total.

   

• Palavras-chave
• Preservação, Caatinga, Agroecologia, Multivariada, Resiliência.
• Área Temática
• Ciências Agrárias

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